segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fixados à luz branca e quadrada do monitor, os olhos permanecem por um tempo considerável a espera de algo definitivamente criativo. Nada!
Nesse momento só são capazes de sentir a imensa vontade de serem fechados, adormecer.
A música ajuda a lembrar de tudo o que eles vem tentando, de todas as maneiras, esquecer. Imagens surgem como almas penadas entre as pálpebras tremulas e cansadas.
23:20h ... A essa hora, tão distante e num lugar que faz tanto calor...
Aqui ta fazendo frio.

Os mesmos olhos agora atentam para o alinhamento do texto não entendendo o porquê de estarem desta forma, irritantemente poético. Patético.
Tantos afazeres, tantos compromissos, as horas passam e os graus celsius diminuem. O engraçado é perceber o quanto isso é dolorosamente agradável e ao mesmo tempo sutilmente aterrorizante.

Outra faixa daquele mesmo CD começa a tocar sem pedir permissão. Assim, como se não precisasse de autorização ou consentimento. Aliás, porquê esse CD não para de tocar na minha cabeça?
Outro texto é escrito assim, sem pensar só sentir. Como se alguém fosse ler, como se alguém fosse capaz de ouvir, como se alguém quisesse saber.

Aqueles olhos agora já não suportam mais a tal luz quadrada e os ouvidos, bem próximos também já aparentam uma espécie de ''cansaço mental'' como se fosse possível...
Hora de descansar, penso.

Como se dependesse da minha permissão.




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