terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sensibilidade

Ao sentar frente a máquina consideravelmente monótona demais pro meu carnaval interior, percebo, ouço e sinto o barulho da chuva fazendo com que seus pingos descompassados dedilhem o assoalho que gentilmente os acolhe junto à sua música que é ora serena, ora agressiva.
Neste momento paro,
                              respiro.
Fecho os olhos e por fim confesso a mim mesma, ainda que contrariada, que o silêncio e a paz da calma é sublime! Não há nada mais encantador e confortável do que o "estar bem". Sob qualquer hipótese, sob qualquer porquê...


A chuva agora parou.
O silêncio do depois toma conta do quarto que é iluminado apenas pela luz da inspiração, que baila irriquieta entre os meus dedos ao digitar nessa espécie de "caixa de pandora pessoal" e um calor desconhecido me sobe a cervical.  


Bonsoir chérie! Bem vinda ao mundo do desconhecido e do inexplicável. 


Beleza é saber que tenho faro apurado para os detalhes...

Um comentário:

  1. Éh.. o silêncio FALA ALTO !!
    To be or not to be, it's the question, mas a sensibilidade começa no silêncio ; vemos muito mais coisas , com olhos fechados e a maioria das coisas, não são visíveis aos olhos da carne..
    Karaca, essa de ter o faro apurado para detalhes, parece o segredo de meu cofre interior, já que tenho o privilégio de ter nascido com a sinestesia; doce mistura dos sentidos, das cores, das letras e principalmente dos momentos; muito show isso..
    Bonjour mademoisele ! @v@

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